26 novembro, quinta-feira, 2015 às 2:17 pm
ComentáriosA sede da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT) e da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT/SP foi atacada por volta das 23 horas desta quarta-feira (25). O prédio que abriga as duas entidades fica na avenida Antártico, 480 (Jardim do Mar), em São Bernardo do Campo.
A fachada de vidro foi destruída e estilhaços estão espalhados pelo saguão e calçada. A área está isolada.
O presidente da CNM/CUT, Paulo Cayres, informa que está aguardando a polícia para as providências e que disponibilizará imagens das câmeras de segurança para auxiliar na apuração dos responsáveis pelo ataque.
“Esperamos que esse atentado não seja fruto da intolerância e do ódio contra instituições democráticas e representativas que lutam para assegurar igualdade de direitos e justiça social. Vamos exigir a apuração séria, até que os responsáveis por este ato covarde sejam punidos. O Brasil e sua população não podem ficar refém daqueles que não sabem conviver com quem não quer o retrocesso e atitudes golpistas”, destaca Cayres.
A Confederação representa um milhão de metalúrgicos em todo o país.
Nota de repúdio
Em nota oficial conjunta, os presidentes da CNM/CUT, Paulo Cayre, e da FEM-CUT/SP, Luiz Carlos da Silva Dias, condenaram o atentado à sede das duas entidades.
Leia a íntegra da nota de repúdio:
Temos assistido, nos últimos tempos, a vários ataques covardes contra instituições que prezam pela democracia no país. Estes atentados foram praticados por típicos terroristas covardes. Este ano, já foi assim contra a sede do Instituto Lula e algumas sedes do Partido dos Trabalhadores, em São Paulo.
Agora o ataque foi contra entidades de classe – a sede da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT e da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT/SP, em São Bernardo do Campo (SP) –, cujo único “mal” que fazem é defender de forma intransigente os interesses e os direitos da classe trabalhadora.
Não sabemos quem são os autores nem vamos conjecturar a respeito, mas queremos dizer que esse ato não ficará impune e também que não permitiremos que o ódio e a intolerância freiem nossa luta. Não vamos recuar, porque já estamos vencendo o que nos intimidava e reinava no Brasil: a fome e a pobreza.
Este tipo de ataque nos dá mais energia para lutar contra esse ódio e a intolerância de setores retrógrados e que estão, também, sendo estimulados pela mídia conservadora em nosso país. E deixa mais que evidente a necessidade de nossa unidade de classe para defender as conquistas da classe trabalhadora, a democracia e suas instituições.
Contra o golpismo, o ódio, a violência e o retrocesso, seguiremos em frente!
Paulo Cayres – presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT
Luiz Carlos da Silva Dias – presidente da Federação Estadual de Metalúrgicos da CUT/SP
Fonte: CNM-CUT
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