23 maio, terça-feira, 2017 às 10:01 am
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Muitos estão eufóricos porque vivemos aquilo que não imaginávamos ser possível no curto prazo: a comprovação pela Polícia Federal de que este é um governo, além de ilegítimo, corrupto, que cometeu crime de responsabilidade. Junto com isso, a delação que finalmente acabou com Aécio Neves na política brasileira. Foram centenas de atos, mobilizações e lutas pelo “Fora Temer”. Agora, mais do nunca, é preciso disputar o que vem depois do “Fora Temer”.
A elite brasileira não deixaria o ilegítimo Temer ser fritado exatamente agora, a partir de uma operação realizada em março, se não tivesse seus próprios planos. O Temer era um instrumento para fazer as reformas que a elite quer. Só se tornou presidente ilegitimamente porque se comprometeu com essa agenda.
No entanto, se tornou o governo mais impopular da história da República, não conseguiu concluir as reformas, é responsável por 14 milhões de brasileiros desempregados, se mostrou um governo instável e sem base popular, seu plano econômico não está tirando o país da crise, como prometeu. O instrumento está sendo descartado. O que virá depois? A elite brasileira elabora um novo golpe, dentro do golpe.
Querem colocar alguém que faça as reformas e retome certa credibilidade com a população, sem eleições diretas ou o retorno da presidenta Dilma Rousseff. No momento em que a Rede Globo fala “Fora Temer”, é um sinal de alerta para as forças populares.
Se tivéssemos um Judiciário sério, o golpe seria anulado. Mas não contemos com isso. O Judiciário faz parte de tudo o que estamos sofrendo. A ministra Carmem Lúcia recentemente se reuniu com grandes empresários. Ela tem lado. E não é o nosso!
Então, antes que a elite (Rede Globo, empresários, Judiciário e Legislativo) faça outro golpe, gritemos rápido, nos mobilizemos, não saíamos das ruas, vamos exigir elegermos presidente da República. O golpe dentro do golpe tem um alvo: você! As reformas da Previdência e trabalhista precisam ser votadas além de outros projetos de retiradas de direitos. O Congresso Nacional não terá pudor em fazer uma eleição indireta. Mesmo não tendo legitimidade popular para isso.
“DIRETAS JÁ” precisa ser o dia seguinte do “Fora Temer”! Se não for isso, será a continuidade do golpe, o recrudescimento do ajuste fiscal, a quebradeira de estados e municípios, aprovação das reformas, a privatização do orçamento público e das áreas de saúde e educação, a venda do patrimônio público, o aumento da pobreza e da miséria em nosso país.
Diretas já!!!
Beatriz Cerqueira é presidenta do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (SindUTE MG) e da Central Única dos Trabalhadores (CUT / MG).
Fonte: Sul21
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