31 julho, segunda-feira, 2017 às 2:09 pm
ComentáriosDesobedecendo todas as leis trabalhistas e, inclusive, a decisão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, no julgamento do mérito no pleno, que por 21 votos a 4, proibiu o Estado de parcelar salários, o governo Sartori, pela 20ª vez, parcela o pagamento dos educadores e demais servidores. O primeiro depósito foi de apenas R$ 650,00. Não queremos esmola, merecemos e temos direito aos nossos salários pagos em dia e na sua integralidade.
O que fazer com este valor? Como arcar com despesas básicas como alimentação, aluguel, contas de água, luz e passagens? E os nossos colegas aposentados? Como conseguirão comprar suas medicações e manter suas demais despesas?
Estas são perguntas que gostaríamos que o governador José Ivo Sartori tivesse a coragem de responder, mas não tem. Ao invés disso, prepara sua base aliada para mais ataques, mais retirada de direitos como as PECs que ele pretende, mas se depender de nós não vai, aprovar na Assembleia Legislativa.
O governo, de forma vergonhosa, chantageia os gaúchos para conseguir aprovar a renegociação da dívida do Rio Grande do Sul com a União. Esta renegociação coloca o Rio Grande de joelhos diante do governo federal, pois levaria a privatização ou federalização da Corsan, CEEE e Banrisul, entre outras devastadoras consequências.
Sartori já demonstrou a que veio e para onde está destinando o peso do déficit financeiro do Estado e de sua incompetência como gestor: nos ombros dos educadores e demais funcionários públicos.
Não vamos pagar esta conta! Trabalhamos, nos dedicamos, estudamos, buscamos nos aperfeiçoar sempre para dar o melhor aos nossos estudantes. E o que o governo nos dá em troca? Nada! Sequer cumpre com a sua obrigação como gestor deste Estado, de garantir o pagamento dos nossos salários.
O governo, mais uma vez, não nos deixa outra saída. Não vamos trabalhar sem salário!
Nesta segunda-feira, os educadores estão recebendo os estudantes e explicando as razões pelas quais estamos parando as atividades. Nossos alunos têm o direito a esta explicação. Aliás, eles têm o direito de ter professores e funcionários de escola em condições de atendê-los. Que condições psicológicas e emocionais os professores têm de dar aula, se estão preocupados em como pagar suas contas, garantir a alimentação e o teto para sua família?
Vamos dar um basta a este desrespeito!
Amanhã, terça-feira (1º) convocamos a todos (as) professores (as) e funcionários (as) de escola a participarem da Assembleia Geral, às 10 horas, em frente ao Palácio Piratini.
Vamos juntos exigir que Sartori e seus aliados nos respeitem e dar a resposta a todos os ataques que estamos sofrendo.
Nossa resposta será: GREVE!
Helenir Aguiar Schürer é presidente do CPERS/SINDICATO
Fonte: CPERS SINDICATO
Confira oito motivos para ser contra a privatização da Eletrobras
Vitória no STF: maioria dos ministros reconhece suspeição de Moro ao julgar Lula
CUT-RS e Cresol assinam parceria que garante cestas básicas para famílias carentes
Covid-19 foi o principal motivo de afastamento do auxílio doença no Brasil
Bolsonaro mente na cúpula mundial do clima com discurso negacionista e fake news
Para Boulos, investigação com base na Lei de Segurança Nacional é “intimidação”
Com atraso na vacinação e sem planejamento, Brasil se aproxima de 400 mil mortes por Covid-19