1 julho, quarta-feira, 2020 às 6:13 pm
ComentáriosOs aplicativos e plataformas digitais avançam no projeto do capital de máxima exploração da classe trabalhadora em todo o mundo. As condições precárias em que trabalham os entregadores são um retrato fiel dessa tendência que assola o mundo do trabalho. Se antes da pandemia suas jornadas já eram extenuantes e as condições de trabalho insalubres, os donos dos aplicativos conseguiram torná-las ainda mais desumanas.
De carro, de moto, bicicleta e até mesmo a pé, esses trabalhadores e trabalhadoras arriscam diariamente a vida no trânsito e na exposição ao contágio pelo novo coronavírus. A pandemia expôs a precarização desse trabalho que não tem qualquer vínculo com as plataformas para as quais trabalham e são tratados como autônomos ou empreendedores.
A organização da categoria é o caminho para colocar limites às empresas de aplicativos e garantir direitos e trabalho decente. Redução das taxas e aumento da remuneração das entregas com remuneração mínima, limite de jornada, alimentação durante a jornada, licença remunerada, seguro de vida e seguro saúde, responsabilidade com a manutenção dos instrumentos de trabalho, equipamentos de proteção e garantia de condições de segurança para a realização do trabalho são obrigações das empresas, bem como o fim da política de pontuação e de bloqueio. Trata-se de direitos mínimos, básicos.
Por isso, esses trabalhadores e trabalhadoras decidiram marcar uma greve de 24 horas neste dia 1◦ de julho. A CUT apoia a greve e trabalhará para fortalecer a organização e a luta dos entregadores por aplicativos por seus direitos e para a formalização da relação de trabalho.
Conclamamos os trabalhadores e trabalhadoras de todas as categorias e toda a sociedade a apoiar essa luta, a dizer não a essa situação e à falta de responsabilidade dos aplicativos, não utilizando os serviços. E as Estaduais da CUT e sindicatos, em todas as regiões, a apoiar efetivamente essa mobilização. Dia 1º é dia de luta e solidariedade da classe trabalhadora!
Executiva Nacional da CUT
Fonte: CUT Brasil
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