18 novembro, quarta-feira, 2015 às 1:45 pm
ComentáriosEm audiência ocorrida no final da manhã desta quarta-feira (18) no Palácio Piratini, o secretário estadual da Casa Civil, Márcio Biolchi, frustrou as expectativas da CUT-RS ao dizer que o governo Sartori ainda não tem uma proposta de reajuste para o salário mínimo regional para ser encaminhada à Assembleia Legislativa. Ele recebeu também a reivindicação das centrais sindicais, junto com o parecer elaborado pelo Dieese, que prevê um reajuste de 11,55% a partir de 1º de janeiro de 2016.
O índice representa a inflação projetada pelo INPC do último período e aumento real. Só o INPC acumulado dos últimos 12 meses entre 1º de novembro de 2014 e 31 de outubro de 2015 foi de 10,33%.
Após ouvir os dirigentes da CUT-RS e das centrais, Biolchi pediu que as entidades marquem audiências com os secretários Cristiano Tatsch, do Planejamento, Mobilidade e Desenvolvimento Regional, e Fábio Branco, do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, que farão um estudo com o secretário Miki Breier, do Trabalho e Desenvolvimento Social, com quem as centrais já estiveram reunidas no dia 13 de setembro. Na ocasião, Breier recebeu a reivindicação das centrais, tendo ficado de levá-la ao governador José Ivo Sartori.
Biolchi frisou que, só depois de fazer esse estudo, o governo pretende definir uma proposta de reajuste para ser enviada aos deputados.
“Saímos muito frustrados porque já era tempo de o governo Sartori ter construído uma proposta, pois o secretário do Trabalho recebeu a reivindicação do movimento sindical há mais de dois meses”, criticou o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo.
As centrais irão protocolar ainda nesta quarta-feira as solicitações de audiências com os dois secretários. “Esperamos que essas reuniões ocorram dentro da maior brevidade possível, pois esse assunto não pode ser empurrado com a barriga, na medida em que envolve o reajuste dos salários de cerca de 1,5 milhão de trabalhadores gaúchos”, salienta o dirigente sindical.
“O governo tem que agilizar a definição da sua proposta de reajuste do mínimo regional, pois é preciso fazer com que seja logo enviada em regime de urgência aos deputados para ser debatida e aprovada até o dia 22 de dezembro, quando terminará o ano legislativo, de modo que os novos valores passam a ser aplicados a partir de janeiro de 2016”, defende o secretário de Relações do Trabalho da CUT-RS, Antônio Guntzel.
Mobilização
“Com essa demora do governo, ganha ainda maior importância a realização das seis audiências públicas no interior do Estado, finalmente aprovadas nesta quarta-feira na Comissão de Economia da Assembleia Legislativa, para debater com a sociedade a valorização do mínimo regional como forma de aquecer o consumo e aumentar a produção, contribuindo para fazer o Rio Grande crescer”, destaca Antônio.
“Chamamos desde já os sindicatos e as federações a mobilizarem os trabalhadores para que participem ativamente das audiências públicas. Precisamos mostrar o significado do mínimo regional para a vida do trabalhador e para girar a roda da economia gaúcha com distribuição de renda e desenvolvimento econômico e social”, aponta Claudir.
Estiveram também presentes na audiência com Biolchi representantes da CUT, CTB, Nova Central, Força Sindical, UGT e CGTB, bem como o diretor técnico do Dieese, Ricardo Franzói.
Ainda acompanharam o encontro os deputados Nelsinho Metalúrgico (PT), Álvaro Boessio (PMDB), Elton Weber (PSB) e Mário Jardel (PSD).
Fonte: CUT-RS
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