15 fevereiro, segunda-feira, 2016 às 6:20 pm
ComentáriosA CUT-RS e as centrais sindicais se reúnem nesta terça-feira (16), às 10h30, em Porto Alegre, para intensificar a mobilização sobre os deputados e as deputadas estaduais contra a proposta rebaixada de reajuste do salário mínimo regional, encaminhada na última sexta-feira (12) pelo governador José Ivo Sartori (PMDB) para a Assembleia Legislativa.
O projeto de Sartori, que não concedeu audiência para ouvir as centrais, prevê reajuste de apenas 9,612% retroativo a 1º de fevereiro de 2016, data-base do mínimo regional. “O índice proposto pelo governador fica bem abaixo do INPC do período, que foi 11,31%, e não atende a reivindicação das centrais, que é de 11,68%, o mesmo percentual de reajuste concedido pela presidenta Dilma Rousseff (PT) para o salário mínimo nacional em janeiro”, reafirma o secretário de Comunicação da CUT-RS, Ademir Wiederkehr.
No encontro, será discutida a construção de uma emenda ao projeto de Sartori, “Defendemos o índice de 11,68%, que foi apresentado pelas centrais ao chefe da Casa Civil, Márcio Biolchi, no Palácio Piratini, antes do ato público realizado no último dia 3, na Praça da Matriz”, aponta o dirigente da CUT-RS. “Queremos preservar o mesmo diferencial em comparação ao mínimo nacional”.
“Além da emenda, vamos reforçar também as visitas e os contatos com os deputados e as deputadas nos gabinetes e nas suas bases eleitorais, mostrando que é preciso repor a inflação e aplicar o mesmo índice do mínimo nacional”, ressalta Ademir.
O diretor da CUT-RS frisa também o pedido de uma audiência com a nova presidente da Assembleia, deputada Silvana Covatti (PP). “Queremos que ela receba as centrais para que ouça os representantes dos trabalhadores sobre a importância do mínimo regional para a valorização do trabalho, a redução das desigualdades sociais, a melhoria da qualidade de vida e o aquecimento da economia gaúcha”, salienta Ademir.
Ele rebate a choradeira das federações empresariais. “Os preços e os serviços das empresas foram todos corrigidos, muitos até acima da inflação. Não é justo que o mínimo regional seja arrochado, penalizando os trabalhadores mais vulneráveis, os que ganham menos, os que possuem menor organização sindical e os que mais precisam da ação do Estado”, conclui o dirigente da CUT-RS.
O mínimo regional existe não somente no RS, mas também em SC, PR, SP e RJ, onde começou. São estados com grande potencial econômico. As atuais cinco faixas salariais no RS variam entre R$ 1.006,80 e R$ 1.276,00.
Fonte: CUT-RS
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