27 novembro, sexta-feira, 2020 às 4:15 pm
ComentáriosA CUT-RS e sindicatos entregaram mais 60 cestas básicas de alimentos orgânicos produzidos pela agricultura familiar, na manhã desta sexta-feira (27), para famílias em situação de vulnerabilidade social, nos bairros Glória, Humaitá, Farrapos, Sarandi, Vila Cruzeiro, Santa Rosa, Partenon e Restinga, em Porto Alegre.
A ação é parte da campanha solidária, lançada após o início da pandemia do coronavírus, em parceria com o Sinpro-RS, SindBancários, Adufrgs Sindical, Semapi-RS, Senergisul, Sindiserf-RS e Sindipetro-RS, com o objetivo de levar dignidade e comida para trabalhadores e trabalhadoras que perderam suas fontes de renda devido à crise econômica agravada pela Covid-19. Os alimentos foram trazidos pela Cooperativa Mista de Agricultores Familiares de Itati, Terra de Areia e Três Forquilhas (Coomafitt).
Indiferença criminosa
O secretário de Organização e Política Sindical da CUT-RS, Claudir Nespolo, destaca a ineficiência do poder público no combate à pandemia, sobretudo na véspera de um novo anúncio do prefeito Nelson Marchezan Jr. (PSDB) sobre novas restrições no comércio de Porto Alegre diante do aumento do número de mortos e infectados na Capital.
“Os leitos disponíveis nos hospitais seguem diminuindo. Após a emergência do Moinhos de Vento fechar suas portas para novas internações, uma nova unidade hospitalar restringe atendimentos a contaminados com o coronavírus. Desta vez é o Hospital Mãe de Deus, na Zona Sul da Capital”, lamenta o dirigente sindical.
“Enquanto as autoridades públicas tratarem o vírus como uma ‘gripezinha’, as pessoas continuarão a morrer como moscas. Temos que cobrar de Marchezan, do governador Leite, mas acima de tudo do presidente Bolsonaro, que vem se comportando com uma indiferença criminosa diante da Covid-19”, critica Nespolo.
Fora Bolsonaro
Para o dirigente da CUT-RS, “não bastou que eles e seus aliados se contaminassem para saberem do perigo que a Covid-19 representa à saúde humana. Agora ele quer o povo brasileiro todo passe pela mesma experiência”.
“No frigir dos ovos, temos dois vírus para serem derrotados: o que está no Planalto e o que já matou mais de 171 mil brasileiros e brasileiras”, aponta Nespolo.
Desde o início da pandemia, 308.647 gaúchos já foram contaminados com o novo coronavírus, segundo o levantamento da Secretaria Estadual de Saúde. Destes, 6.686 perderam as suas vidas.
“Infelizmente, tantos outros irmãos brasileiros irão morrer, enquanto aguardam a vacina e uma atitude do governo Bolsonaro. Por isso é que precisamos lutar para que o Congresso Nacional aprecie um dos inúmeros pedidos de impeachment encaminhados contra o presidente ou avalie a ação que pede a cassação da chapa Bolsonaro/Mourão com base no inquérito das fake news espalhadas durante a campanha presidencial de 2018. A pandemia só será tratada com seriedade após o afastamento deste governo”, conclui Nespolo.
Fonte: CUT-RS
Plenária das centrais sindicais e movimentos sociais do RS reforça luta pelo Fora Bolsonaro nesta quinta
Redes sociais impulsionam ativismo por impeachment de Bolsonaro
Brasil é um dos cinco países que registram explosão de casos de Covid-19, diz OMS
AMRIGS alerta que projeto da Mina Guaíba pode trazer “sérios riscos à saúde” da população
Maioria pelo impeachment de Bolsonaro será construída com pressão social, aponta Gleisi
Ford pode ser acionada na Justiça por danos à produção em cadeia no país
Brasil perde 5,5 mil fábricas em 2020 e trabalhadores cobram política para indústria