4 março, quinta-feira, 2021 às 7:24 pm
ComentáriosA ação solidária de distribuição de cupons de desconto para aquisição de gás de cozinha, gasolina e diesel, realizada em várias cidades do Brasil, nesta quinta-feira (4), pela CUT, Federação Única dos Petroleiros (FUP), sindicatos e movimentos sociais cumpriu o papel de dialogar com a população para esclarecer que a política de preços atual da Petrobras é, de fato, a grande vilã dos aumentos consecutivos dos preços dos combustíveis.
Em vários locais, consumidores – muitos deles, taxistas, motoristas de aplicativos e caminhoneiros – foram beneficiados com os cupons de desconto subsidiado pelas entidades, que permitiram que o preço da gasolina chegasse a R$ 3,50 por litro. Comunidades também foram contempladas pela ação e famílias que moram em periferias puderam comprar o botijão de gás a R$ 50,00.
Para o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, o objetivo de denunciar a atual política de preços dos derivados de petróleo foi cumprido.
Para as entidades organizadoras, a expectativa é que a pressão resulte em uma modificação da política de preços praticada pela companhia.
Deyvid Bacelar explica que o atual presidente, Roberto Castello Branco manteve a mesma política implantada em 2018 por Pedro Parente, no governo de Michel Temer, favorecendo importadores, empresas de outros países e, principalmente, o mercado financeiro.
“Com as várias ações que estamos fazendo, esperamos também que haja conscientização da politização sobre o real causador do aumento sucessivo dos preços dos combustíveis e de que a culpa é do governo federal que não modifica essa política”, diz o dirigente.
A paridade internacional de preços tem penalizado a sociedade, já que é baseada no mercado externo, no dólar e no custo de importação, “mesmo o Brasil sendo autossuficiente em petróleo e mesmo sendo nacional o refino dos derivados”, diz Bacelar.
Ele explica que o país está importando derivados porque a capacidade de operação das refinarias foi reduzida, mas elas têm plenas condições de funcionar a todo vapor, portanto não há necessidade de importar como se faz hoje.
Imposto ?
Para Deyvvid, não adianta mexer nos impostos para reduzir os preços dos combustíveis, como quer o presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL). “Se não houver mudança na atual política, à proporção em que o barril ou o dólar subirem, haverá um repique no Brasil”. O dirigente ainda afirma que outros países do mundo, também produtores de petróleo, não utilizam essa política.
Bancários na luta
Em ato no centro de São Paulo, os bancários reforçaram as ações solidárias dialogando com o povo também sobre o desmonte do Banco do Brasil. A presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, reforçou que o preço pago pelos combustíveis não é justo. “Nosso salário é em real e a gente paga em dólar para enriquecer meia dúzia de acionistas da Petrobras”, ela disse.
A dirigente também criticou a falácia de Bolsonaro sobre os impostos serem culpados pelos preços praticados ao consumidor.
“Não venha o Bolsonaro dizer que é problemas de imposto porque imposto sempre teve. No governo Dilma, custava mais barato e tinha imposto”, disse Juvandia à população do centro de São Paulo.
Os trabalhadores do Banco do Brasil se somaram às ações para denunciar o desmonte pretendido pela direção do banco que vai resultar em cerca de cinco mil demissões e fechamento de mais de 260 agências e postos de atendimento em todo o Brasil.
Veja como foram os atos
Foram distribuídos dois mil litros com descontos, destinados a taxistas, no Posto São Lucas
Bahia/Feira de Santana:
Ato do Dia Nacional do Combustível a Preço Justo com Caminhoneiros.
Bahia/Simões Filho
Ato do Dia Nacional do Combustível a Preço Justo com Caminhoneiros.
Ceará – Fortaleza
O presidente da CUT Ceará Wil participou do ato, realizado em frente à agência Areolândia do Banco do Brasil falou à população: “Eestamos dialogando com o povo, porque estamos todos no mesmo barco. Quem é a favor e quem é contra o Bolsonaro, por exemplo, vai ter auxílio emergencial negado”.
Fonte: CUT Brasil
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