247 – Apesar de toda devassa na vida do Lula e da sua família, a Lava Jato não encontrou absolutamente nenhuma prova material que pudesse autorizar a instauração de processo judicial, menos ainda a condenação dele e, impensável à luz do Estado de Direito, sua prisão.
No caso do Lula, entretanto, não foi necessário prova material, devido processo legal, respeito à Constituição, às Leis e aos tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário.
Para tirar Lula da eleição fraudada do candidato da extrema-direita, foram suficientes apenas as convicções do Deltan Dallagnol, do Moro e da máfia da Lava Jato.
Eles estavam determinados a “ir na jugular” do Lula, como confidenciou o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima aos seus parceiros num dos grupos de mensagens.
Ao mesmo tempo, apesar da Lava Jato conhecer e-mail de FHC pedindo – e recebendo – propina a Marcelo Odebrecht; e apesar de Moro e Dallagnol também conhecerem diversas falcatruas do FHC e do PSDB, FHC foi liberado de qualquer investigação.
FHC ganhou mesadão [propina] de 75 mil reais por mês da Odebrecht. É um fato gravíssimo. A Lava Jato tinha a prova deste crime, inclusive repassaram num dos grupos de mensagens dos procuradores o quadro detalhado dos repasses mensais.
A despeito disso, porém, os procuradores e Moro prevaricaram para poupar FHC.
Conforme se conheceu na nova revelação do Intercept, a Lava Jato chegou a cogitar a possibilidade de investigar crime financeiro do Instituto FHC para servir de simulacro da falsa – e inexistente – imparcialidade da Operação.
Ao perceberem, contudo, que no caso do Instituto FHC havia crime e no caso do Instituto Lula não havia absolutamente nenhuma irregularidade, abortaram a investigação, porque a situação ficaria invertida: então teriam de condenar e prender FHC e inocentar Lula.
Agora ficou documentalmente provado que FHC recebia mesadão de empreiteira, e que recebeu a proteção criminosa de agentes públicos que têm o dever funcional de combater o crime. Como explicou Moro, não se deve “melindrar alguém cujo apoio é importante”.
Apesar disso, ainda há delirantes que defendem que a Lava Jato tem o objetivo de combater a corrupção e que Moro foi um juiz honesto, digno, imparcial e isento.
A doença parece ser grave: tem até ministro do STF que ainda manifesta “profundo respeito por esse magistrado”. O respeito parece recíproco. Acerca desse ministro, Moro disse na língua pátria do país a cujos interesses ele serve: “In Fux we trust”!
Jeferson Miola é integrante do Instituto de Debates, Estudos e Alternativas de Porto Alegre (Idea), foi coordenador-executivo do 5º Fórum Social Mundial
Fonte: Brasil 247
Após sofrer incitação ao ódio, presidente da AMPD faz denúncia na Delegacia da Intolerância de Porto Alegre
Pelo segundo dia consecutivo, RS ultrapassa lotação máxima de UTIs por Covid-19
Punição a Hallal é novo capítulo da escalada do governo Bolsonaro sobre universidades
CUT e entidades reforçam dia nacional de mobilização nesta quinta
Após pressão das centrais, vereadores aprovam projeto que autoriza Prefeitura de Porto Alegre a comprar vacinas
Justiça nega recurso do governo Leite e mantém suspensão das aulas presenciais
Lançada campanha “Bolsocaro” que critica aumento dos preços dos alimentos e dos combustíveis