20 setembro, sexta-feira, 2019 às 8:53 pm
ComentáriosPorto Alegre aderiu ao movimento que tomou conta do mundo nesta sexta-feira (20): a Greve Global pelo Clima ou Climate Strike, em inglês. Cerca de mil pessoas, em sua maioria jovens, crianças, estudantes e ativistas das causas do meio ambiente se reuniram à frente do Monumento do Expedicionário, no Parque da Redenção.
Os participantes chamaram a atenção do povo gaúcho para a iniciativa, que pretende dar uma demonstração de força para a Cúpula do Clima da ONU, que será realizada na próxima segunda-feira (23), e a Assembleia Geral da ONU, na quarta-feira (25). As manifestações serão estendidas até o dia 27. O movimento quer pressionar políticos e empresários a adotar medidas necessárias para deter o aquecimento global.
No protesto, os manifestantes carregavam cartazes onde criticaram a falta de compromisso dos governos e a destruição do planeta. Eles cobraram medidas concretas para frear as emissões de gás carbônico e combater o aquecimento global.
Entre as mensagens de crianças e jovens estavam "Não há lucro num planeta morto. Diga não ao carvão", "Não existe um Planeta B" e a "A hora é agora. Salve a Amazônia". Um cartaz com um depoimento do poeta Mario Quintana chamou a atenção de quem curtiu o feriado do 20 de setembro no parque: "Nesses tempos de céus cinzas e chumbos, nós precisamos de árvores desesperadamente verdes".
Não existe um Planeta B
As manifestações em Porto Alegre e no Brasil aderiram ao movimento global "Fridays for Future" que é liderado pela jovem sueca Greta Thunberg, 16 anos, contra as mudanças climáticas. Ela está em Nova Iorque para participar da cúpula do clima
A mobilização aconteceu em pelo menos 150 países e envolveu milhões de pessoas que se reuniram para exigir ações imediatas contra as mudanças climáticas e frear as emissões de gases causadores do efeito estufa.
“Nós, como brasileiros, temos uma responsabilidade maior”, lembrou a estudante de Engenharia Ambiental e integrante do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), Thaís Barrquel, devido ao fato de estar no país a maior floresta tropical do mundo.
Thaís Barrquel: nós somos responsáveis - Foto: Marcelo Menna Barreto
Mina Guaíba
Os manifestantes também protestaram contra o megaprojeto de mineração da Mina Guaíba, da Copelmi, ente Eldorado do Sul e Charqueadas, distante cerca de 16 quilômetros da capital gaúcha.
Eles denunciaram que o projeto invadirá uma área de preservação ambiental no Jacuí. "Estes projetos vão desconfigurar totalmente o Rio Grande do Sul porque onde existe mineração você não consegue ter agricultura, pecuária e piscicultura que representam as principais economias do Estado", lamentou.a diretora do SindBancários e da Frente pelo Clima, Ana Guimaraens.
Ana disse também que está sendo feita um alerta para a preservação do meio ambiente. Segundo ela, existem 5.192 requerimentos para pesquisa mineral no Estado e 166 projetos estão avançando. Deste total, conforme a dirigente sindical, quatro estão mais avançados nas cidades de São José do Norte, Caçapava do Sul, Lavras do Sul e Guaíba.
Ativistas aproveitaram para divulgar importante audiência pública para discutir a questão, que deverá ocorrer na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul no próximo dia 30, às 18 horas, no Teatro Dante Barone..
A voluntária Francielle Silva, do Greenpeace, afirmou que a mobilização de Greta Thunberg pela preservação do meio ambiente tomou conta do Planeta. "A mobilização discutiu temas a questão das queimadas na Amazônia e a preservação dos oceanos", acrescentou.
Houve também cartazes que fizeram referência aos incêndios na Amazônia e a atual política ambiental do governo Bolsonaro. Segundo Francielle, os ativistas estiveram na Redenção para mandar uma mensagem à classe política e à sociedade para mostrar que estão preocupados com a destruição do planeta.
Fonte: CUT-RS com Extra Classe e Correio do Povo
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