12 julho, quinta-feira, 2018 às 6:32 pm
ComentáriosDando segmento a série de mobilizações nacionais, organizada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) e sindicatos filiados, pela defesa do Sistema Petrobrás e contra a entrega das refinarias, dutos, terminais, fábricas de fertilizantes e demais ativos da companhia, o acesso à Refinaria Alberto Pasqualini (Refap) recebeu, na manhã congelante desta quinta-feira (12), petroleiros e petroleiras de todo o Brasil, centrais sindicais, parlamentares, além da grande participação dos trabalhadores e trabalhadoras da refinaria.
No final de abril, o governo de miShell Temer (MDB) anunciou a venda de 60% de quatro refinarias da Petrobrás, entre elas a Refap. Na semana passada, o STF determinou a suspensão das privatizações sem autorização do Legislativo.
No entanto, para o diretor do Sindipetro-RS e da CUT-RS, Dary Beck Filho, as mobilizações não podem parar. “Temos que aproveitar esse tempo para aumentar nossas ações públicas e envolver o povo na nossa luta. Não nos enganemos, Lewandowski só se sentiu empoderado por conta da luta combinada de várias categorias contra a privatização”, disse Dary.
Petrobras é estratégica para a soberania nacional
Além do Sindipetro-RS e da direção da FUP, estiveram presentes no ato representantes da CUT Nacional, CUT-RS, CTB-RS, CNTE, movimentos sociais, entidades sindicais, sindipetros do Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Norte Fluminense, Duque de Caxias, Espírito Santo, Bahia, Pernambuco, além de autoridades políticas, como o deputado estadual Juliano Roso (PCdoB) e o vereador de Esteio Léo Dahmer (PT).
Para a diretora de Comunicação do Sindipetro-RS, Élida Maich, a Petrobrás significa a esperança da população brasileira: “A luta sempre vale a pena. E, quando se trata de defender a Petrobrás, a luta é imprescindível. Vamos levar cada vez mais a nossa luta para o outro lado do muro, explicando para a população a importância da nossa empresa”, defendeu a dirigente sindical.
O presidente em exercício da CUT-RS, Marizar de Melo, também falou da importância da estatal como empresa estratégica para a soberania nacional. “A CUT não abre mão de defender o patrimônio brasileiro, o nosso petróleo, defender o Brasil do ataque internacional contra a Petrobrás. As nossas petrolíferas não precisam de ninguém de fora para produzir um petróleo de qualidade, é a Petrobrás quem sabe fazer isso”.
Assista ao vídeo com a fala de Marizar na transmissão ao vivo do ato!
Os diretores dos sindipetros falaram da resistência e da multiplicação dos debates com a população como estratégia de luta. Para o coordenador-geral em exercício da FUP, Simão Zanardi, a greve geral é o único caminho para barrar a privatização.
“Os petroleiros mantêm a mobilização e já aprovaram uma greve. No próximo dia 18, no Conselho Deliberativo, será avaliado o melhor momento para deflagrar a greve. Nós temos que lutar em nossas bases, no Congresso e junto com a população para barrar esse feirão do Temer. Não podemos relaxar. A qualquer momento pode haver um novo golpe e o Temer colocar à venda as nossas refinarias”, apontou.
Dia Nacional do Basta
Para o secretário nacional de Comunicação da CUT, Roni Barbosa, que também é petroleiro, essa liminar é uma trégua e a mobilização não pode parar. “Em agosto essa liminar pode cair e não podemos tirar o pé do acelerador, já que esses golpistas querem privatizar e vender não só a Petrobras, mas também a Eletrobrás, os bancos públicos e todo patrimônio brasileiro”, denunciou.
Roni, que também é petroleiro, denunciou a política de privatizações dos golpistas. “O governo Temer está liquidando tudo. Eles sabem que é fim de feira e está entregando o filé mignon da população brasileira. Nós precisamos conversar com a população”, ressaltou.
“A CUT, junto com as demais centrais, está organizando para o dia 10 de agosto o Dia Nacional do Basta, onde será importante a participação dos petroleiros. O Brasil não pode continuar neste caminho e quem mais está sofrendo são os trabalhadores e as trabalhadoras”, frisou Roni.
“Será o dia que todos nós brasileiros e brasileiras diremos basta! Basta de retirada de direitos, basta de ataques aos trabalhadores, basta de desemprego, basta de venda dos nossas riquezas, basta! O Brasil não pode continuar neste caminho, porque quem sofre são os trabalhadores e as trabalhadoras”, afirmou Roni.
“Queremos que parem tudo que estão fazendo e esperem as eleições para que possamos eleger um presidente que tenha legitimidade para tocar o País, e, além disso, exigimos que Lula esteja nas eleições. Não é ele que tem direito de concorrer, somos nós brasileiros que temos o direito de eleger o melhor presidente deste Brasil”, reafirmou o secretário de Comunicação da CUT.
Ele também alertou para a agenda de mobilizações da categoria. Ainda em julho, haverá mobilizações também nas outras duas refinarias que integram o pacote de privatização da Petrobrás: a Refinaria Presidente Getúlio Vargas (REPAR), no Paraná, cujo ato será na próxima quarta-feira, 18; e a Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, com mobilização prevista para o dia 26.
Assista ao vídeo com a fala de Roni durante transmissão ao vivo do ato!
Fonte: CUT-RS com CUT Nacional e Sindipetro-RS
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